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O caminho aleatório traçado acima atesta um pouco a ansiedade na construção de um percurso um tanto quanto fragmentário e improvisado ao colocar a obra em contato com o mundo. Os caminhos, as instituições, as provas a que somos submetidos e que nos submetemos individualmente para fazer com que a obra saia do espaço interno da prostração, do conformismo, da individualidade e busque alcançar à exterioridade. Este caminho tortuoso não foi construído a priori, nem desejado da maneira como foi trilhado. Foi aberto com luta, luto, melancolia, mágoa e, sobretudo, um desejo enorme de me lançar no sistema das artes na cidade do Rio de Janeiro.
Quando fui chamada para dar a palestra aqui hoje, me perguntei de imediato, no que poderia contribuir para a formação ou o incentivo das professoras do ensino de artes na região? Sendo eu artista e também professora, sei dos muitos problemas que enfrentamos no dia a dia do trabalho escolar, mas que podemos ardentemente fugir, criar espaços imantados, trasbordamentos e linhas de fuga, pois acredito ser a nossa uma maneira de existir enquanto pensadores da arte dentro desses espaços tão avessos à arte, ao ser humano e as suas subjetividades adversas. O que proponho com a oficina é tentar criar linhas de fuga para que a fruição da arte possa acontecer.
